quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

RELIGIÃO: a Anti-Graça.

Rev. Israel Ramos.
Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam, mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder se serem feitos filhos Deus. Quem tem ouvidos ouça e entenda.

O que é graça? É Deus fazendo tudo a quem nada merece. Por outro lado, a religião é do diabo e contraria totalmente o evangelho pregado por Jesus Cristo. Ela sempre esteve a serviço do diabo, pois ele é o grande acusador dos filhos de Deus. Ele, o diabo, é “expert” em lembrar-se que Deus já esqueceu e lançou no mar do esquecimento. Para concluir sua tarefa, ele sempre tem a seu dispor profetas para disseminarem tudo e qualquer coisa que contrarie a graça restauradora de Jesus.

O evangelho de Jesus sempre trará em seu bojo o compartilhar, o repartir, o andar a segunda milha, o levar a capa; ele sempre recebe o pródigo com festas. A religião, por sua vez, não desfruta, não se alegra e ainda é capaz de entristecer-se quando alguém vislumbra uma possibilidade de sorrir. A religião é vil, baixa, sórdida e vingativa. O Evangelho é nobre, elevado, digno e perdoador.

Já dizia Platão: “pessoas inteligentes falam de idéias, pessoas comuns de coisas e pessoas medíocres falam de pessoas”. Ninguém é tão ignorante que não tenha o que ensinar e ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender. Porém, a religião é dona da verdade. Não abre mão de seu cimento histórico para não repartir o seu despojo.

A religião é muito semelhante ao espírito comunista, pois, tanto neste como naquela, somente a elite desfruta das benesses do poder, enquanto o proletariado vive de migalhas. Barganham e tripudiam em nome de Deus, mas na verdade o coração está longe do evangelho que o mestre da Galiléia pregou.

A religião não sabe ouvir e entender o outro lado da questão, por que para ela só há um lado. O lado dela. O outro lado não é lado: é heresia, é nova era e outros adjetivos inconvenientes. A anti-graça se estabeleceu e os incautos não conseguem reagir nem pensar com largueza, porque sempre foram manobrados nas menores coisas; seria assustador se não o fossem nas causas maiores.

Desejaria ter mil vozes para me fazer entender, mas os sábios entenderão. Chegou o tempo em que se verá a diferença entre o evangelho da graça pregada por Jesus de Nazaré, que cuida e protege os pequeninos, e a religião farisaica que explora os menos favorecidos.

Chegou a hora de termos e fazermos algo relevante. Porém, como já afirmou John Maxwell: “não faça nada, que nada te custe e que não provoque oposição.” Pregar o evangelho da graça sempre terá custo e oposição. A religião sempre fará acordos e concessões. Basta observar os últimos pleitos eleitorais, tanto o secular como o eclesiástico. Tanto um como o outro em nada diferiram nestes últimos anos.

A religião hipócrita fala de ética só quando diz respeito aos seus interesses. Mas quando os seus filhos colam na escola, quando o sinal vermelho é ultrapassado, quando as multas de trânsito são negociadas para não haver pontos na habilitação, quando furtos são executados no ambiente cúltico, quando promessas não são cumpridas (desde as mais simples até as mais complexas), quando não há posicionamento diante de desafios para que se possa sair pela tangente em momento oportuno, quando é melhor contextualizar para manter o “status quo”, quando se intestina na máquina londrinense para criar trabalhos universitários e apenas nomenclaturá-los no final e, assim, receber as láureas acadêmicas e publicitárias... NADA DISSO CONTRARIA A ÉTICA RELIGIOSA. O que se espera da religião? Nada. Ela é apenas isso: uma farsa em nome de Deus. Portanto, não é surpresa ver ministros investindo tempo precioso, dinheiro suado dos pobres para destruir e arruinar pessoas em nome de Deus com uma linguagem espiritualizante (voz macia e angelical).

Se o evangelho é a boa-nova de Jesus Cristo e a religião é do diabo, esperamos que o Deus de toda graça, com todo amor que nos tem amado, nos faça a cada dia ser menos religião e mais evangelho. Que Deus sempre trate com perdão, amor, graça e misericórdia todos aqueles que, em seu nome, desviaram-se da graça e estabeleceram a religião para massacrar outros e ao mesmo tempo se proteger.

Oremos: Venha o teu Reino para que assim a pregação do evangelho faça diferença na terra!

Um comentário:

Eliel Batista disse...

Grande reverendo Israel, (lembra-se do Billy?)

Saudades.

Gostaria de colocar apenas algo que minha peregrinação indicou:

A religião não necessariamente é do mal. Homo sapiens tem sua raiz em olhar para cima.
Todo olhar para cima é religioso, pois tudo o que temos sobre Deus são pistas. Penso que o problema da religião
seja o de pensar-se como possuidora da Verdade absoluta
e dona da razão.

A religião trabalha com o simbólico e esta é toda forma de adoração.

A religião pode ser saudável desde que não gaste suas energias para defender a instituição, mas sim a vida e não se considere mediadora entre Deus e os homens