O NATAL DE TODO DIA

Todos já sabem que o Natal não é no Natal. Jesus nunca poderia ter nascido em Dezembro, pois nesta época o Oriente está em pleno e gélido inverno. Os fatos do evangelho colocam o nascimento de Jesus num tempo onde os pastores de ovelhas trabalham à noite, diante de um céu estrelado. Estudos hoje colocam o nascimento de Jesus em tempo de primavera, o que significa no velho Oriente.
Mas isto tudo não nos importa mais, pois para nós, o natal é realmente todo dia. Os filhos de Deus não celebram um passado, mas um presente, e mais ainda uma presença. Sendo assim, o nascimento de Jesus é para todos nós um maravilhoso e inspirador evento, isto quer dizer um acontecimento.
O que devemos fazer é lançar mão desta comemoração, em dezembro, que secularizou-se totalmente, trazendo os estigmas do paganismo, para afirmar a grande invasão de Deus na história humana. Mensagem esta que deve ser declarada e proclamada dia após dia, por testemunho e palavras.
Assim se queremos comemorar o Natal de Jesus, precisamos definir se estaremos comemorando em Jerusalém ou em Belém. Em Jerusalém, o primeiro natal, respira conspiração contra o Rei dos Reis, é o comemorar dos poderosos do mundo, sem Cristo - é o natal da ausência de Jesus - um modelo repetido, cujo distanciamento é crescente a cada ano em nosso mundo. Em Belém, temos o presépio montado pelo próprio Deus, uma montagem que tem Jesus no centro de toda uma liturgia de simplicidade e amor. Não faltam nem a luz e nem a adoração. Presentes estão os anjos, os homens e os animais. Em Jerusalém, Herodes tem palavras manipuladoras de poder; em Belém os anjos cantam novas de grande alegria. Em Jerusalém intenções suspeitas, em Belém transparência libertadora.
O maior fato da história, foi testemunhado pelos humildes da terra, inicio de uma celebração que seria repetida, em todos os dias no coração daqueles que receberam a grata mensagem da graça imerecida de Deus. Hoje, e cada dia é Natal!